Friday, March 20, 2009

Repórter fotográfico "pega ladrão"







Estar no lugar certo e na hora certa. Isso ocorreu sexta-feira, 20 de março, quando no fim da manhã, o repórter fotográfico Mário Roberto dos Santos, da Gazeta de Limeira, cobria reclamação de bairro no Parque Abílio Pedro, acompanhado da repórter Renata Reis. Eis que, aos gritos de "pega ladrão", surge um homem correndo, seguido por guardas municipais. Enquanto Alemão aplicava "técnicas da Swat no envolvido, Renata fazia as fotos.

Friday, March 13, 2009

70 Maneiras de Escrever Errado


Essa é principalmente para nós, jornalistas:
A Tautologia é um vício de linguagem. Consiste em repetir uma idéia com palavras diferentes. Que tal observar a lista de preciosidades cultivadas ao longo de décadas? 1. Elo de ligação 2. Acabamento final 3. Certeza absoluta 4. Número exato 5. Quantia exata 6. Sugiro, conjecturalmente 7. Nos dias 8, 9 e 10 inclusive 8. Como prêmio extra 9. Juntamente com 10. Em caráter esporádico 11. Expressamente proibido 12. Terminantemente proibido 13. Em duas metades iguais 14. Destaque excepcional 15. Sintomas indicativos 16. Há anos atrás 17. Vereador da cidade 18. Relações bilaterais entre dois países 19. Outra alternativa 20. Detalhes minuciosos 21. A razão é porque 22. Interromper de uma vez 23. Anexo (a) junto a carta 24. De sua livre escolha 25. Superávit positivo 26. Vandalismo criminoso 27. Todos foram unânimes 28. A seu critério pessoal 29. Palavra de honra 30. Conviver junto 31. Exultar de alegria 32. Encarar de frente 33. Comprovadamente certo 34. Fato real 35. Multidão de pessoas 36. Amanhecer o dia 37. Criação nova 38. Retornar de novo 39. Freqüentar constantemente 40. Empréstimo temporário 41. Compartilhar conosco 42. Surpresa inesperada 43. Completamente vazio 44. Colocar algo em seu respectivo lugar 45. Escolha opcional 46. Continua a permanecer 47. Passatempo passageiro 48. Atrás da retaguarda 49. Planejar antecipadamente 50. Repetir outra vez 51. Sentido significativo 52. Voltar atrás 53. Abertura inaugural 54. Pode possivelmente ocorrer 55. A partir de agora 56. Última versão definitiva 57. Obra-prima principal 58. Gritar/Bradar bem alto 59. Propriedade característica 60. Comparecer em pessoa 61. Colaborar com uma ajuda 62. Matriz cambiante 63. Com absoluta correção/exatidão 64. Demasiadamente excessivo 65. Individualidade inigualável 66. A seu critério pessoal 67. Abusar demais 68. Exceder em muito 69. Preconceito intolerante 70. Medidas extremas de último caso

Vá com Deus, Dona Elza!


Recebo, com tristeza, a notícia da morte de D. Elza Hergert, ao chegar na redação na tarde desta sexta-feira, 13. Ela faleceu aos 108 anos e dois meses. Era a pessoa mais idosa de Limeira e talvez, da região. Em sua longevidade, Dona Elza viu pessoas queridas e próximas partirem, e além da saudade, conservou uma lucidez impressionante.

Tive a honra de ter sido destacado, em fevereiro de 2001, de fazer a matéria de seu centenário de vida. Busquei o arquivo e o texto, como foi publicado, segue:



Elza Hergert: uma história de 100 anos

Matriarca de ascendência alemã comemora hoje o seu centenário e contabiliza 12 netos, 20 bisnetos e seis tataranetos

Assis Cavalcante

Com tanta visita que passou a receber nos últimos dias, dona Elza Martha Hergert Hornhardt, que hoje completa 100 anos, não pode se dedicar a alguns de seus passatempos preferidos: a novela das 18h, da TV Globo, e o "Programa do Ratinho", no SBT. Tanta visita deve-se à ocasião especial em que dona Elza vive, ou seja, o aniversário de seu centenário, cuja comemoração marcada para as 19h30 de hoje no Paulistano Futebol Clube, mobilizou nos últimos dias os muitos amigos, parentes e convidados.
Tida como uma das pessoas mais queridas do bairro Boa Vista (onde vive há 80 anos), dona Elza Hergert nasceu no bairro Ribeirão do Pinhal, zona rural de Limeira em 6 de fevereiro de 1901. Seu sotaque alemão deve-se à herança paterna: seus pais eram os agricultores Richard Hergert (natural de Zwickau, Alemanha) e Bertha Krahner Hergert (brasileira, filha de alemães). Ela foi batizada em 23 de março de 1901 pelo pastor evangélico Frederico Müller na Igreja Evangélica de Confissão Luterana no bairro dos Pires, em Limeira.
Dona Elza Hergert teve sete irmãos e seis irmãs, dos quais, apenas ela e mais quatro continuam vivos. Em 17 de setembro de 1921, casou-se com Otto João Henrique Hornhardt. O casal teve os filhos Otto Ricardo, Ademar Emílio e Bruno Octavio (dos três, é o único que continua vivo). Após oito anos de casamento, ela ficou viúva, com a morte de seu marido aos 28 anos por causa da febre tifo. Em 27 de janeiro de 1941, ela casou-se pela segunda vez com Arnaldo Marostegan, com quem teve o quarto filho, Célio Luiz Marostegan.

"Minha terra é o Brasil"

Maria Aparecida Marostegan Groppo, filha do segundo marido, também foi criada por Elza, que hoje contabiliza 12 netos, 20 bisnetos e seis tataranetos. E qual o segredo de tanta longevidade: a alegre senhora, que esbanja saúde e lucidez responde: uma vida simples e com alegria. "Se o Mundo vivesse bem assim como eu vivo, ele seria outro, muito melhor", diz. Ela corda sempre às 7h, e depois de tomar o café da manhã vai varrer o quintal e cuidar das várias plantas. "Quando o sol esquenta, eu entro e vou cuidar das coisas".
A visão, segundo ela, "está melhor um dia e um pouco ruim no outro", mas nunca usa óculos. Ela orgulha-se de passar a linha na agulha. Adora fazer bonecas de pano. No último Natal, distribuiu 12 para as bisnetas e tartaranetas. Depois de assistir televisão, recolhe-se em torno das 22h. Segundo ela, quase todas as pessoas que moravam na Boa Vista ou que nasceram nos anos seguintes já morreram. Muitos, (assim como o marido Otto) foram vitimados pela febre tifo devido à falta de boas condições sanitárias na década de 20.
"Naquela época, não tinha rede de esgoto, e a gente usava latrina. Quando chovia, a chuva levava a enxurrada da Boa Vista (que não tinha pavimentação) para as partes baixas. "Já havia água encanada, que vinha de uma represa no bairro Cascalho em Cordeirópolis, mas era muito ruim", recorda. Muitos recorriam a poços que havia na Rua Augusto Jorge e até mesmo na Rua 25 de Março, onde vive. Com a contaminação da água, todos eles foram fechados. Dona Elza garante que nunca teve vontade de visitar a terra de seu pai. "A minha Alemanha é o Brasil, e minha terra é Limeira", diz com convicção.